sexta-feira, 18 de junho de 2010

Quebra-cabeça

Ao formar um quebra-cabeça tantas coisas passam pela nossa mente.

Ali entretidos naquele jogo imaginamos ver a figura pronta e assim podermos festejar.

Alguns são mais fáceis, outros já nos requer um tempo maior e uma habilidade tamanha. Paciência então tem que ter e muita já que as peças se encaixam e se misturam a muitas em questão de segundos.

E assim, é nossa vida.

Nossa vida pode ser comparada a um quebra cabeça.

Acontecimentos, pessoas vão chegando a nossas vidas nos formando dia a dia.

Algumas peças são tão grandes, cheias de dores que não vão se encaixando e ai tem que deixá-la de lado até podermos ver se ela irá fazer falta em algum momento.

Peças vão se encaixando, peças vão caindo e não se juntam mais.

Passamos dias, meses e até anos a procura dessa peça que foi perdida. Podemos encontrar uma similar, mas aquela que foi perdida não será achada assim tão facilmente.

Perdemos algumas peças pela vida e vamos nos tornando incompletos.

Mas também, vão chegando novas peças.

Tornamo-nos incompletos à medida que peças vão se desprendendo de nossas vidas.

Aí de repente chega à peça-pessoa, essa vem se encaixando devagar ou não, muitas vezes cai em cima de outra fazendo com que uma parte já construída se desfaça.

Ai!!! Refazer tudo para poder encaixar essa peça-pessoa e é aí que entra o essencial a paciência e com ela o amor.

Refazemos tudo calmamente mesmo que seja na pressa de ver tudo pronto. Não adianta pressa nessa hora. A paciência tem que prevalecer, já que a peça-pessoa tem que encontrar seu lugar exato pra que fique tudo alinhado.

E quando estamos prestes a terminar o quebra cabeça de nossa vida vem um vento ou um esbarrão e tudo sai do lugar.

As peças se desprendem fazendo com que coisas e sentimentos estranhos como a dor, raiva, e principalmente impaciência façam parte daquele momento.

Choramos e juramos que não vamos mais querer montar nada. Mas aí, vem a saudade. Saudade das peças encaixadas, saudade de nós mesmos e começamos a reconstrução.

E pra começar temos que desfazer de sentimentos que foram despertados e dar lugar a somente 2: Amor e paciência, pois com eles a reconstrução será mais fácil e mais garantida, já que em tudo que formos fazer temos que por todo nosso amor e nossa paciência.

Peças que nos juntam, peças que nos separem.

E assim é nossa vida!!

Texto: Polly Dias***

Imagem: Inernet





terça-feira, 1 de junho de 2010

Deixe a raiva secar...

Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas.

No dia seguinte, Júlia sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar.

Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã.

Júlia então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.

Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial.

Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão.

Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.

Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou:

'Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo?
Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão.

Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Júlia pedir explicações.

Mas a mãe, com muito carinho ponderou:

'Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa?
Ao chegar em casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou.
Você lembra o que a vovó falou?
Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro.
Depois ficava mais fácil limpar.
Pois é, minha filha, com a raiva é a mesma coisa.
Deixa a raiva secar primeiro.
Depois fica bem mais fácil resolver tudo.

Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe e foi para a sala ver televisão.

Logo depois alguém tocou a campainha.

Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão.

Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:

'Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente?
Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei.
Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado.
Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro
brinquedo igualzinho para você.
Espero que você não fique com raiva de mim.
Não foi minha culpa.'

'Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou.'

E dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro.

Nunca tome qualquer atitude com raiva.

A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como elas realmente são.

Assim você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais pela sua posição ponderada e correta
diante de uma situação difícil.

Lembre-se sempre:

Deixe a raiva secar.

Autor: Desconheço autoria